No Público do dia 10 de Agosto lê-se:
10.08.2007, Vasco Pulido Valente
Escusado será dizer que o último livro de Joseph Ratzinger, Jesus de Nazaré, porque tanto se esperou, não é de Joseph Ratzinger, é do Papa.
Ora, aquele "porque", equivalente a "pelo qual", deveria escrever-se "por que".
Escusado será dizer que o último livro de Joseph Ratzinger, Jesus de Nazaré, por que tanto se esperou, não é de Joseph Ratzinger, é do Papa.
sexta-feira, agosto 10, 2007
domingo, agosto 05, 2007
Costa da Caparica/Costa de Caparica
Veraneantes não respeitam interdição de praias na Caparica
A Praia do Primoroso, na Costa de Caparica (Almada), foi a primeira a receber o enchimento (…)
Para atalhar discussões inúteis, basta-nos examinar o título e o início de uma notícia do DN. No título temos “praias na Caparica” e não “praias em Caparica”. Isso indica-nos que, em português, é “Costa da Caparica”, ao contrário do que advoga a autarquia, ou os responsáveis pelas inúmeras placas que lá multiplicam o erro de português. Se assim não fosse, a notícia teria outra redacção logo no título: “Veraneantes não respeitam interdição de praias em Caparica”. Assim como esta escrita é obviamente errada na norma-padrão portuguesa, também o é na designação da localidade, e a utilização do artigo é obrigatória.
Suponhamos que a mesma notícia seria relativa a Faro: "Veraneantes não respeitam interdição de praias em Faro.
A Praia do Primoroso, na costa de Faro (Algarve), foi a primeira a receber o enchimento (...).
Como se vê, a ausência do artigo verifica-se, coerentemente, nas duas construções. Ora, isso nunca acontece quando nos referimos à Caparica. Em português, temos nomes de cidades que exigem o artigo e outros nomes de cidades que dele prescindem ou o proscrevem. Lisboa, Setúbal, Évora, Beja, Faro, Braga, Chaves, etc. estão no segundo caso. Guarda, Montijo, Barreiro, etc., estão no primeiro caso. Será que alguém associou conotações de prestígio à ausência e desprestigiantes à presença do artigo?
A Praia do Primoroso, na Costa de Caparica (Almada), foi a primeira a receber o enchimento (…)
Para atalhar discussões inúteis, basta-nos examinar o título e o início de uma notícia do DN. No título temos “praias na Caparica” e não “praias em Caparica”. Isso indica-nos que, em português, é “Costa da Caparica”, ao contrário do que advoga a autarquia, ou os responsáveis pelas inúmeras placas que lá multiplicam o erro de português. Se assim não fosse, a notícia teria outra redacção logo no título: “Veraneantes não respeitam interdição de praias em Caparica”. Assim como esta escrita é obviamente errada na norma-padrão portuguesa, também o é na designação da localidade, e a utilização do artigo é obrigatória.
Suponhamos que a mesma notícia seria relativa a Faro: "Veraneantes não respeitam interdição de praias em Faro.
A Praia do Primoroso, na costa de Faro (Algarve), foi a primeira a receber o enchimento (...).
Como se vê, a ausência do artigo verifica-se, coerentemente, nas duas construções. Ora, isso nunca acontece quando nos referimos à Caparica. Em português, temos nomes de cidades que exigem o artigo e outros nomes de cidades que dele prescindem ou o proscrevem. Lisboa, Setúbal, Évora, Beja, Faro, Braga, Chaves, etc. estão no segundo caso. Guarda, Montijo, Barreiro, etc., estão no primeiro caso. Será que alguém associou conotações de prestígio à ausência e desprestigiantes à presença do artigo?
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